Há sete coisas essenciais essenciais para atingirmos uma arquitetura que cura. Esses sete tópicos foram se formando em minha prática ao longo dos meus projetos, e a cada experiência pude ir aprimorando cada um deles. Hoje entendo que são os sete campos essenciais para realizarmos uma arquitetura de alto nível ecológico.
1- A Conexão Espiritual do Arquiteto
É o ponto de partida para uma arquitetura curativa. O Arquiteto deve assumir a responsabilidade espiritual do projeto, e o estado de sua conexão espiritual vai trazer os projetos que abrem a oportunidade de uma realização elevada na arquitetura.
2- A Conexão com a Terra
Diz respeito a maneira como um projeto se relaciona com o terreno onde será construída, se ela pretende imperar ou se harmonizar com as forças que ali existem antes do projeto ser realizado. Neste campo, a Geobiologia é uma ciência de apoio, pois cada local tem sua peculiaridade vibracional que um projeto não é capaz de suplantar. Há pontos específicos nos terrenos, como chakras da Terra e também linhas de forças, como meridianos, que é necessário conhecer e identificar para que se possa criar a harmonização almejada.
3- A Conexão com o Cliente.
O terceiro elemento do método, remete a criação da trindade primordial que vai criar o projeto, juntamente com o arquiteto e com o terreno. Há de haver um encontro de propósitos entre cliente e e arquiteto. Essa união não se dá simplesmente com um contrato, a aproximação entre os agentes deve ser oportunizada como um encontro verdadeiro e sincero conectado ao propósito maior. Para que esse encontro de fato ocorra, o tempo de interação deve ter uma qualidade de diálogo e cocriação. A Cura da Terra nutre esses momentos a partir de dinâmicas interativas que vão criar a substância criativa do Projeto.
4- O Desenho Consciente
Ancora a forma como as idéias geradas a partir do propósito e do encontro da trindade (arquiteto/terreno/cliente) ganharão sua manifestação no espaço bidimensional e tridimensional. O Desenho Consciente pressupõe, como se diz, a consciência sobre o desenho, isto é, sabe-se conscientemente o que as formas induzem e inferem ao lugar, desse modo não há aleatoriedade, tampouco, acasos no processo de criação dos espaços e do
conjunto identificado. A partir da consciência sobre o desenho nos libertamos de padrões, regras, estilos ou modismos pré-estabelecidos na arquitetura, para que se crie algo totalmente personalizado que atenda conjuntamente o cliente, o terreno e manifeste o propósito.
5- A Bioconstrução Afetiva
É uma forma elevada de agir e escolher sobre todas as possibilidades construtivas que a bioconstrução oferece, e também sobre todos materiais que permitirão a manifestação da arquitetura. Nesse campo o entendimento dos elementos da natureza que comporão a edificação vai além de “materiais de construção”, mas são como entidades vibracionais que vão colaborar para atingirmos o propósito do projeto. Tudo com o que construímos é fruto de uma interação alquímica que remete a milhões de anos. Até que estejam disponíveis, os elementos da natureza: fogo, terra, ar, água e a vida interagiram dinâmica e amplamente, criando assim a característica única de cada substância material que será utilizada. A criação da edificação é como uma costura de elementos, quanto mais afetivo for esse alinhamento, mais bem costurada será a arquitetura, e melhor “vestirá” aqueles que a utilizarão.
6- A Conexão Bioclimática
Nos dá a oportunidade de conectarmos a arquitetura a uma esfera maior que a do terreno, que é o Bioma a qual está inserido. Essa conexão alinhava a relação com a natureza circundante, com objetivo de proporcionar um ambiente confortável e agradável na edificação, o bem-estar. Permite ainda uma harmonização geográfica da edificação, pois elementos da natureza maior que circunda o projeto, como um rio ou uma montanha também podem ser conectados na arquitetura para qualificar sua vibração.
7- A Arquitetura Sagrada
É a energia que vai alinhavar tudo isso no ato criativo, é a conexão espiritual do primeiro tópico se manifestando na prática do inicio do projeto até sua conclusão em forma da edificação. O termo “sagrada” não se trata aqui de criarmos espaços religiosos, mas de assumir que todo ato no decorrer do projeto e da obra é intencionalmente consagrado à um propósito maior, a própria Cura da Terra. Ou seja, é a maneira pela qual a arquitetura oportuniza o “religere”, a atenção ao transcendente no ato de se realizar algo necessário à vida, a arquitetura.